sexta-feira, 5 de julho de 2013

Bússola

Meu último post foi em dezembro de 2011. Desde então eu resolvi me afastar desse cantinho em que eu depositava minhas entre linhas. A decisão de fazer um novo post, não me iludo, não é boa. Quando o desejo de escrever se torna uma necessidade é porque as coisas internas não vão nada bem. A escrita sempre foi, na verdade, minha válvula de escape.


Escrever aqui é difícil, porque ao mesmo tempo em que é meu escape, é preciso distanciamento para não expor o desnecessário a quem é desnecessário. Tarefa difícil essa de desabafar em meias palavras. Uma terapia incompleta.


Há cada dia eu tento me conhecer mais. Entender quem sou, o que eu quero. Não chego a uma conclusão única e densa. Sei dizer o que eu não quero e, assim, estou tentando fazer uma lista de eliminação.


Mas relendo coisas antigas eu cheguei a conclusão que não mudei tanto quanto achava que tinha mudado, e que (felizmente) minha essência ainda é a mesma. Ainda sou uma sagitariana clássica. Aquela que não consegue se sentir bem se estiver presa entre as paredes pintadas de bege de um escritório qualquer.


A rotina me consome por inteiro. E acaba comigo. Quanto mais dias eu passo com a rotina, mais eu me acabo. Eu preciso de ar puro. De aventura. De coisas novas. Da não-rotina.


A sensação de agora é que meus sonhos estão ficando pra trás, enquanto as horas, dias e anos passam voando por mim e balançam meu cabelo. É o vento gelado cortando meu rosto que me lembra que mais alguns minutos se foram, e jamais voltarão. E que enquanto eu não me movo, os dias continuam voando, indo embora com o vento, arrastados...


Eu sinto que quanto mais eu aperto meus sonhos, mais eles se esvaem entre meus dedos. Escorrem e se vão sem eu poder catá-los de volta.


Na falta de saber ao certo que caminho tomar, que rumo seguir, onde o norte está, vou anotando o que tenho de certeza, que é pra não esquecer amanhã...

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