terça-feira, 2 de junho de 2009

Triste constatação

Ontem eu ouvi duas vezes, de pessoas diferentes, uma frase que me deixa, digamos, um pouco triste. "A comunicação cria necessidades nas pessoas". Vindo de comunicólogos quase formados, meu deus, que pânico ouvir isso!
Acho que qualquer estudante de comunicação devia previamente saber que criar necessidades é algo impossível. Que a comunicação cria desejos em cima de necessidades pré-existentes... E é uma pena descobrir que nem todos comunicólogos sabem disso!
E como se não bastasse: "a sociedade influencia a mídia, ou a mídia influencia a sociedade?". Sinceramente, que curso essas pessoas estão fazendo? Onde elas estavam que não leram os textos que respondem à questionamentos assim? Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?
Não pára por aí: "a mídia aliena as pessoas! a tv e a internet deixam as pessoas compulsivas". Se você odeia a mídia, estuda comunicação pra quê, amiguinho?

Longe de mim fazer uma apologia a alienação. Mas, como disse um colega, pessoas compulsivas que passam 18h seguidas frente à um computador, poderiam ser compulsivas com qualquer outra coisa - religião, sexo, chocolate, etc. Aí deixa de ser problema nosso e passa a ser problema da psicologia. Tv geralmente é uma merda? Sim. Mas às vezes é bom? Sim! Tudo bem dosado, bem aproveitado, é bom e faz bem para as duas partes. Mas se você quer criar seus filhos longe de qualquer mídia, acho que ainda não entendeu o propósito do curso.

Estou em dúvida. Não sei se fico com pena de pessoas que frequentam a faculdade, mas não estudam e não aprendem, ou se choro, porque, querendo ou não, isso prejudica nossa imagem perante as pessoas que não entendem muito bem nossa área. Fica só uma certeza: tem gente que não nasceu pra trabalhar com comunicação.

5 comentários:

breno costa disse...

q tenso!

o Humberto disse...

Eu adoro o Flávio, mas tinha uma preguiça desse papo na aula dele (só pode ter sido dos alunos na aula dele). Eu tive que ouvir um aluno dizendo, durante a apresentação de trabalho, que era direito do assaltante roubar o tênis pq a mííííídia botou na cabeça dele que ele tinha que ter o tênis. De pai e mãe e educação familiar ninguém lembra nessas horas, né? Onde foi parar o tal do "berço", não é mesmo?

Besos Lorena.

Lorena disse...

Hahaha.
Eu tbm morria de preguiça do Flávio, apesar de adorá-lo. Mas nem foi aula dele... Se fosse, ao menos tinha um contexto, né?

=)

o Humberto disse...

Hahaha, ai, Lorena, sua saga me diverte. Hehehe, dá pena, mas diverte.
Beijo.

Everaldo Vilela disse...

meu professor jogou uma edição do estado de minas no lixo.
mas pegou de volta para dar outra aula. a vida é um teatro!?