quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Palavrinha grega

Hoje o dia está trash. Não só esse, mas os últimos de maneira geral. Com exceção do maravilhoso samba do fim de semana, os meus dias tem sido um fíasco. Uma falta de sal, de tempero. Por mais que eu tente, nunca consigo chegar ao melhor gosto, que agrade meu paladar. Ou sem gosto, ou muito salgado. Doce, nunca.

Apatia: "falta de emoção, motivação ou entusiasmo. Termo psicológico para um estado de indiferença, no qual um indivíduo não responde aos estímulos da vida emocional, social ou física."

E ainda: "apatia provém do grego clássico apatheia. Páthos em grego, significa tudo aquilo que afeta o corpo ou a alma".

Palavrinha antiga que define hoje, como nenhuma outra, o que sinto. (Ou seria o que sou?)

Um dia morre, outro nasce. Nada muda. Tudo se transforma, mas não muda. Somos os mesmos, só um pouco mais hipócritas. Peças de um quebra-cabeça gigante que não controlamos a montagem. Ficamos acomodados até descobrir que ali não é nosso lugar...


Apatia, cantada pelos meus tão amados Los Hermanos:

Todo dia um ninguém josé acorda já deitado
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo

Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz

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